Verônica abordou em sua palestra todo o processo relacionado à pesquisa de fixação biológica de nitrogênio em cana-de-açúcar e suas etapas, desde o início do trabalho até a criação do produto. Além de explorar os fatores técnicos, a ideia foi passar ao público a importância de pesquisas e testes consistentes para a criação de produtos seguros e inovadores.

“Eu contei a história sobre como a gente faz para descobrir essas bactérias na natureza, como a gente as seleciona, como as retira da planta, o método usado, ou seja, um overview sobre todas as etapas”, conta. Para chegar até a comercialização, o Aprinza foi testado mais de cinco anos em campo, a fim de ter sua qualidade e eficiência garantidas.

Boa parte do público presente no seminário era de profissionais que atuam diretamente no processo de cultivo e manejo agrícola, razão pela qual a conscientização sobre a compra e o consumo de produtos licenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi ressaltada. “Eu frisei que a compra deve ser sempre de produtos autorizados pelo Ministério. Estão acontecendo muitos problemas de canibalismo, porque pegam nossa bactéria e fazem produtos fake ou similares, sem garantia de segurança e qualidade. Isso é muito sério”, afirmou.

O Seminário de Inovações UDOP deste ano bateu recorde de público e recebeu mais de mil inscritos durante os seus dois dias de realização. Cem projetos de inovação também foram apresentados. Assuntos como novidades nas áreas de colheita e plantio, segurança do trabalho e gestão também foram discutidos por especialistas.

Liliane Bello (DRT 01766/GO)
Embrapa Agrobiologia

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